quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Coração na boca: quando achei que perderia o Be

Estava vendo agora os vídeos que tenho do Be no Facebook e, ainda que eu tenha ficado com saudades do meu bebê pequeno e banguela, achei incrível o quanto ele cresceu, e até senti um arrepio com isso.

Hoje ele está com um ano e dois meses, e esse é um tempo assustadoramente grande para um bichano que nasceu praticamente ontem. Ele está andando, aprendendo a falar, abraçando, dando beijo, mandando tchauzinho, e agora tá querendo aprender a desenhar HEHEHE E cada dia mais lindo, mais esperto, apesar dos sustos que passamos.

Comentei com pouquíssimas pessoas sobre isso -na verdade, fora uns poucos amigos de SP, só parentes dele e minha lindas meninas da Batcaverna sabem -, mas queria falar agora sobre algo que ocorreu no dia dez, que foi o maior susto da minha vida.

No dia nove, quarta-feira, o Be apresentou uma febre no meio da tarde, apesar de não estar exatamente chato nem nada. Dei remédio pra ele, e só à noite, quando íamos dormir, que o quadro febril voltou. Quando era duas e meia da manhã, ele estava bem, acordou para mamar e tranquilamente voltou a dormir. Às cinco, ele pediu para mamar de novo. Quando o peguei, ele estava com febre normalmente, e decidi amamentar, colocá-lo de volta na cama e ir pegar o remédio. Contudo, quando o coloquei de novo na cama, ele abriu os olhos e eles ficaram fixos à frente, sem resposta, por mais que eu chamasse e o cutucasse. Acendi a luz do quarto, chamando-o em voz alta, peguei o Be no colo desesperada, e ele ficou mole, com a cabeça caída, e não demonstrava sequer uma resposta a nada. No meu pavor, o coloquei no chão, vendo se assim ele 'despertava', e ele caiu sentado, com a cabeça ainda sobre o ombro, tremendo.

Eu nunca senti tanto medo em toda a minha vida. Eu achei que o perderia naquele momento, e tudo o que pude fazer foi gritar, chamar minha mãe e implorar por ajuda. Ela levantou e viu que ele tinha entrado em uma crise convulsiva, e corremos para o hospital Ana Costa, onde eu entrei direto com ele no colo, implorando às enfermeiras que salvassem meu menino.

 Eu mal conseguia respirar, sentia o coração queimar e morrer aos poucos, e eu cheguei a passar mal. A médica teve de administrar quase uma ampola de Diazepam para conter a convulsão, que durou cerca de meia hora. Quando finalmente parou com os espasmos, ele estava sonolento e todo furadinho, com a mãozinha esquerda inchada por uma veia ter estourado. Ainda que mais calma, eu não conseguia ficar em paz, tinha medo de aquilo não acabar. Ele colheu sangue para exame e recebi a orientação de tirar a temperatura dele de hora em hora para ver se a febre não voltava.

Chegando em casa, ele tomou um banho e o levei para dormir, deitei ao seu lado e o observei por muito tempo, desesperada de amor, de medo, de tudo. Tinha medo ainda de o exame apontar algo errado, mesmo que a médica tenha me tranquilizado e dito que era muitíssimo improvável que ele voltasse a convulsionar naquele episódio. Chorei vendo os bracinhos furados, os olhinhos ainda vermelhos da luta para se soltar enquanto ele recebia medicação e tirava sangue.

Logo que o exame saiu, conferi pela internet e liguei para a Dra. Maricy, amiga da avó paterna do Be, expliquei o que havia acontecido, e pedi para que a minha mãe passasse os dados do exame para ela. Ela achou que era só uma virose [e, de fato, dias depois o Be ficou cheio de manchinhas, que nem quando ele teve roséola], mas queria vê-lo de qualquer forma. A avó do Be veio no sábado seguinte vê-lo, para ver se havia necessidade de levá-lo a um neuropediatra com urgência [já devo ter citado por aqui que ela é neurologista], viu que o Be estava bem, e falou que iria atrás de um NP que ela conhecia para levarmos o Be. Ela contou que o pai do Be também teve uma convulsão febril quando bebê e que também foi prolongada.

Momô melhor <3
Passamos nesta sexta, 25, com o Dr. Carlos Takeuchi, e eu fiquei feliz de ouvir que não será necessário fazer nenhum exame a mais no Be, que ele está bem. Assim consegui -finalmente -ficar mais aliviada.

Depois disso, li bastante sobre convulsão febril, e percebi que o medo do desconhecido foi o que mais me tirou a calma, e fiquei ainda mais segura por ver que dificilmente a crise teria consequências para o Be.

Muitas mães, assim como eu, nem devem imaginar que isso acontece, muito menos que sejam tão relativamente comum. Então vou deixar um link na página de Informativos para quem quiser saber mais.

Beijos do Be ♥

Um comentário:

  1. Me senti mal, e me imaginei em seu lugar...
    Meu Pedro vive doentinho, e vira e mexe com febrão, devido a um quadro alergico que tem..
    Morro de medo de passar por isso!
    Já me procurei me informar sobre o assunto, mas mesmo assim, acho que nao teria calma na hora.
    Enfim.. gostei do seu cantinho, vi o endereço do blog em um comentario no BBCenter. ^^
    Vou acompanhar o blog!
    Bjsss

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