quarta-feira, 24 de abril de 2013

Maternidade x estudos x trabalho

Foto nada a ver com o post diretamente, mas como trato de grana nesse texto, nada melhor
do que ilustrar com uma foto da bebida do capitalismo. Foto da minha querida amiga Audrey <3


Quando engravidei, estava fazendo Letras na USP. Tem quem diga que só exibo onde eu estudava para me achar, mas não é isso. Foi uma conquista minha, e tenho orgulho dela. Não tenho que deixar de falar disso só porque parece falta de modéstia [pode até ser um pouco, mas nem ligo], então já começo falando disso antes que falem depois que tô querendo me aparecer.

Enfim. Entrei na USP em 2010, logo depois de me formar no colégio. Não foi a escolha mais difícil do mundo o curso, apesar de eu ter inclinação a outras áreas também [eu tava, quando fui prestar FUVEST, entre Letras, Psicologia e Física, mas descartei a segunda opção porque não tinha estudado NADA no meu terceiro ano e com certeza não passaria, e na segunda fase para Física tinha química na prova específica], e achei que era isso mesmo que eu queria durante meu primeiro ano. Não tinha aspirações a me tornar professora, mas pensava muito em trabalhar com tradução, editoração, revisão e tal.

Aí comecei a cagar na minha vida acadêmica quando escolhi, no final do primeiro ano, cursar a habilitação de Português e Latim. OK, a parte do português foi tranquila, mas latim? O QUE EU TINHA NA CABEÇA? Foi um primeiro semestre tenebroso o de 2011, e o segundo não foi muito melhor. Além de estar completamente decepcionada com o curso, tive meu problema com drogas e não consegui levar mais nada a sério. Fiquei determinada a prestar FUVEST de novo, pensando em Psicologia ou Ciências Sociais, mas quando vi, já tinha perdido a data de inscrição. Ou seja, seria mais um ano de Letras, ou um ano parada.

Mas como a vida é realmente uma caixinha de surpresas, no final de 2011 eu engravidei. Acabei achando bom que eu não tivesse prestado vestibular, porque eu não teria como aproveitar um novo curso do qual eu sairia, ou o qual eu pelo menos trancaria, quando o bebê nascesse.

Pensei em prestar em 2012, mas não sabia como minha vida estaria agora e o que seria viável fazer. Como me mudei para a Baixada Santista, a USP ficou meio fora de mão para mim. Eu até poderia tentar pegar poucas aulas por semana, ou o máximo em menos dias, para não ficar tanto tempo fora de casa, e caso desse, até poderia levar o Be comigo para São Paulo. E pensei na UNIFESP, que tem em Santos, e tem cursos amor: Psicologia, Terapia Ocupacional e Fisioterapia. Tudo muito lindo. Meu medo é de que os cursos sejam integrais, que aí dificulta um pouco quanto ao que fazer com o Be. Se não forem, posso levá-lo comigo. Ele é tranquilo, e posso sentar com ele pertinho da porta e aí saio se acontecer alguma coisa durante a aula. Simples!

Neste ano, pretendo tentar UNIFESP sim. Não tenho certeza absoluta quanto ao quê. Provavelmente Psicologia, mas tô considerando tanto T.O....e nesses dias pedi informações sobre a área a um amigo que acaba de se formar, e me parece tão legal. Além de ser muito menos concorrido do que Psicologia, e não sei como vou conseguir ganhar tempo para estudar tendo que, agora, conciliar a maternidade com algum tipo de trabalho. Vou começar a estudar agora em maio, quando buscar com uma amiga apostilas de cursinho que ela ficou de me dar.

Aí entra o outro assunto do tópico: trabalho. Desde que engravidei, deixei claro a quem quisesse saber que eu não tenho a menor pretensão de sair para trabalhar este ano. Tive um filho, e ele é minha prioridade no momento. Por enquanto consigo nos manter com a pensão que recebo pela morte do meu pai e a pensãozinha que o Be recebe da família do pai. Mas em julho, quando eu fizer 21 anos, a minha pensão acaba, e lá se vai uma boa parte da minha renda.

Eu vou ter que fazer alguma coisa para compensar, e sei bem disso. Conforme a criança cresce, os gastos tendem a aumentar. Antes, eram só produtos de higiene, fralda e por aí vai, agora tem comida, e o Be é um belo devoradorzinho feroz. Só que eu o acho muito pequeno para deixá-lo com babá agora, ainda que conheça muitas mães que já mandam para creche também desde bem mais cedo, mas eu mesma não acho legal. Ele é muito apegado a mim, e não quero forçar seus limites de entendimento simplesmente sumindo o dia todo e o deixando com uma pessoa desconhecida. Minha mãe encheu o saco para isso, dizendo que pagaria uma babá pro Bernardo e pro Miguel, mas eu já avisei que de casa não saio! Além disso, como eu iria conseguir dar conta de um trabalho de meio período, um bebê e estudar para ENEM? Eu ficaria exausta se conseguisse, e acabaria negligenciando um ou mais desses setores. Além disso, não teria como continuar minha terapia em São Paulo, não poderia mais levar por conta própria meu filho às consultas mensais com a pediatra... iria terceirizar meu filho, e é algo que estou determinada a não fazer.

Tô querendo, na próxima vez que for a SP, deixar anúncios de trabalho de revisão pela USP. Não é nenhum tipo de trabalho grandioso corrigir trabalhos e essas coisas, mas é uma grana que, para mim, já seria muito boa. E gosto de corrigir textos, de reler, de deixar essas coisas certinhas. É uma opção de trabalho, que não é a mais divertida, porque o que eu penso em fazer também, que é mais animado, é artesanato.

Quando eu era menor, eu e minha irmã vendemos bijuterias na escola. Tinha aquela breguice de criança, mas eu era boa, sabia fazer chaveiros, cheguei até a conseguir fazer um porta-moedas de miçanga para uma amiga, Pensei nisso. Não em bijuteria infantil, mas em fazer artesanato para vender. Ainda que eu seja um desastre em muita coisa, não saiba nomes de carro, não saiba arrumar um fogão ou coisas assim, sou boa com trabalhos manuais e artes. E, juntando com o meu objetivo de ficar com o Be ao máximo e poder dispor de tempo para estudar, seria muito bom voltar a trabalhar com essas coisas.

Nesses dias, enquanto pesquisava coisinhas para fazer de lembrancinha para o aniversário do Be, me deparei com o Elo7. Conhecia o site de nome, mas nunca tinha entrado. E o meu primeiro pensamento ao entrar no site foi: QUANTA COISA LINDA! O segundo foi: QUE PREÇO ABSURDO! Vi muita coisa lá que, meu Deus, chega a doer no coração de tão caras. E coisas extremamente baratas de se produzir. Cestas, que podemos facilmente comprar por quinze contos, ganham uma fitinha aqui, um EVA ali, e são vendidas por setenta reais! COMO ASSIM, PRODUÇÃO? Kits de higiene para bebê chegam a duzentos, trezentos reais! Sério, dá até para entender um preço mais elevado quando vem com garrafa térmica e tal, mas dá para achar uma garrafa boa por vinte reais! Bandejas de madeira para esses kits custam menos de dez reais... e tinta para pintar, na moral, não é nenhum absurdo. Não sou a maior entendida da área, mas sei que é um absurdo o quanto querem cobrar por coisas que, no final, não valem tanto. Às vezes, o material nem é caro, mas o trabalho é vendido com preço elevado por conta do trabalho empregado na peça, só que é frustrante ver que gente acha que botar uma fitinha numa caixa faz ela valer trinta, quarenta reais mais do que o custo de produção, Tem coisas lá que são facilmente feitas, como potinhos que apenas ganham letras em EVA e passam a custar seis vezes do que sem, e que não cobram nenhum tipo de esforço para se fazer. Agora, fazer peças individuais, personalizadas, de fato, pede mais tempo e mais cuidado. Aí o aumento do preço é justificado.

Tô querendo muito começar a fazer essas coisas. Pretendo, agora no começo do mês de maio, comprar algumas coisas, fazer modelos para divulgar. Cheguei a ver quanto sairia o material para fazer um conjunto de higiene para bebê [garrafa térmica + dois potes de madeira + bandeja, pintados e a bandeja forrada com EVA], e sabendo pesquisar bem preços, tudo sairia no máximo uns sessenta, setenta reais. Estimando POR CIMA. E aí entro naquele site e isso aí vendido no Elo7 por quase trezentos reais! Cara, eu não sei vocês, mas acho que isso chega a ser meio exploração.  Quem compra esses kits de higiene para bebê são pessoas que estão, justamente, para ter bebê, certo? E cara, os gastos nessa fase são absurdos, não acho que muita gente vá poder gastar trezentos reais em garrafa, bandeja e dois potes, por mais bonitos que sejam.

Agora, preciso fazer um pedido: quem puder, comente, dizendo que tipo de objetos de decoração e utilitários comprariam personalizados, sejam para bebês [que, provavelmente, seriam meu foco] ou não, como esses kits de higiene, abajures, enfeites de porta de maternidade e tal. Vou ver se já compro material para fazer modelos, e logo, se possível, abro uma página aqui no blog para divulgar. Farei tudo de menininho mesmo que aí, caso não comece a dar em algo tão cedo, já terei coisinhas novas para o Be HEHEHE

Enfim, é isso. Peço perdão pela demora pelo post, mas tô sem internet em casa e dependo de outros computadores para postar. Devo voltar logo!

4 comentários:

  1. Pro niver da Clarice, comprei 2 kits de enfeites pra festa de aniversário de isopor, cada um custou R$ 11,20, de resto, só vou comprar as coisas nas cores da festa, e eu mesma vou personalizar algumas coisas. Nada melhor do que um computador na mão, um pouco de tempo, e uma impressora!!!

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  2. Faça por encomenda Lau! Acho melhor que ir fazendo, converse com amigos que confiem em vc e faz por encomenda, ai o que for vendendo tira foto e coloca como portfólio.

    Dá pra fazer lembrancinha e enfeites pra festa tbm, que acho os preços absurdos e são normalmente simples de fazer!

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  3. Gi, o negócio é que quero fazer os modelos para mostrar o que posso fazer, entende? É só para dar uma ideia do que pode ser encomendado mesmo, não pretendo fazer um monte de coisas. Vou começar com algumas coisinhas, que posso até manter pro uso do Be!

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  4. Eu gastei horrores com lembrancinhas para o meu chá de bebe, mamães adoram dar lembrancinhas em festas, como chá de bebe, aniversario, batizado entre outros.

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